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O nosso amigo gato é um felídeo. A família dos felídeos (também chamados felinos) pertence à ordem dos carnívoros,
mamíferos que se alimentam quase exclusivamente da carne das presas que matam.
Qualquer felino, seja grande ou pequeno, utiliza geralmente as unhas, também chamadas garras, para se defender quando é apanhado ou para segurar a sua presa.
Os felinos são caçadores fora de série, ágeis e pacientes para esperar a melhor ocasião de apanhar a presa sem terem de se fatigar a correr grandes distâncias.
Um dos mais especializados neste método de caçar é a chita, que pode atingir grandes velocidades (mais de 100 Km/h) num curto espaço de tempo.
Tanto na aparência como no comportamento, os felinos assemelhan-se muito ao nosso gato doméstico, por isso lhes chamamos muitas vezes "gatos grandes".
Têm um corpo esguio e pêlo suave e macio, focinho pequeno e um crânio relativamente pequeno para o tamanho do corpo.
O que se diferencia um pouco mais deste padrão é a chita, que apresenta características mais próximas dos canídeos. Todos os felinos possuem uma longa cauda que lhes é muito útil para manter o equilíbrio quando correm e também como meio de comunicarem mais intimamente com os da sua espécie.
De todas as espécies de felinos, só o tigre, o leão, o jaguar e o leopardo é que rugem; os outros ronronam, como acontece com o nosso animal de companhia, o gato.
A maior parte dos felinos são animais solitários. Os machos e as fêmeas normalmente só se juntam durante o período de acasalamento, separando-se logo a seguir.
Os leões são uma excepção, pois vivem em grandes bandos normalmente constituídos por um macho dominante e várias fêmeas com filhotes.
Outra excepção é a chita, em que os machos também podem reunir-se em pequenos grupos.
Os felinos estão espalhados por todos os continentes, excepto a região antártica. Quanto à Austrália e à Oceânia, se aí se encontram é porque foram levados pelos colonizadores.
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Tigre
O tigre é o maior de todos os felinos, e a sua extraordinária força permite-lhe derrubar e dominar animais de grandes dimensões, como os búfalos.
O tigre dorme ou descansa durante o dia, deitado num charco da floresta para se refrescar. Ao crespúsculo, vai caçar.
Como não tem resistência para perseguir a presa nos descampados, esconde-se. A sua pelagem fulvo-alaranjada com riscas pretas,
que se confunde com as cores da floresta naquela hora do dia, ajuda-o a não ser notado quando se aproxima da presa; depois, com um salto brusco, captura-a.
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Leão
O leão é o segundo maior felino a seguir ao tigre. O chamado “rei da selva” vive nas savanas africanas e do sudoeste asiático
(região onde se encontra quase em extinção), em grupos que podem variar de 2 a 30 indivíduos e incluem machos e fêmeas.
Os leões têm cor fulvo-alaranjada, caçam grandes herbívoros, sobretudo zebras e gnus. Como todos os carnívoros, os leões estão bem adaptados ao seu tipo de alimentação:
mandíbulas fortes, grandes caninos, molares próprios para cortar e esmagar, e garras fortes. Só o macho tem juba.
Os leões acasalam-se e reproduzem-se em qualquer época do ano. A fêmea abandona o grupo e procura um local isolado para ter as crias,
as quais correm grandes perigos nas primeiras semanas de vida quando a mãe as deixa sozinhas para ir caçar. Mais tarde, quando já integradas no grupo,
a amamentação das crias é, por vezes, compartilhada por duas fêmeas. A sua presença limita as deslocações do grupo, mas à medida que crescem os jovens leões tornam-se caçadores hábeis.
Por volta do ano e meio de idade, pode surgir um novo período crítico na vida dos jovens leões, pois a mãe encontra-se apta a procriar de novo
e pode desinteressar-se deles; podem ainda estar sujeitos a que os leões mais velhos lhes disputem a comida e até os expulsem do grupo.
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O leão branco com olhos azúis é um milagre da natureza; não se trata de uma espécie independente, mas de uma mutação genética da espécie "Kruger" da África do Sul.
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Jaguar
O jaguar é o maior dos carnívoros das florestas tropicais da América do Sul, onde tem o seu habitat natural.
É muito parecido com o leopardo, embora mais corpulento e de patas mais curtas, por isso tem grande dificuldade em trepar às árvores.
O jaguar preto é mais frequente nas florestas mais húmidas.
Os jaguares alimentam-se de animais da floresta, mas por vezes aparecem nas pampas – nome das planícies cobertas de erva da América do Sul – e comem o que aí encontram.
Os machos e as fêmeas só se reunem quando chega a época de procriarem.
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Leopardo
Embora de menor corpulência do que o leão e o tigre, o leopardo não é um predador menos temível,
pois além de ser mais astucioso é também muito atlético: salta, corre, nada e trepa às árvores com a maior facilidade;
e quando persegue uma presa segue-a silenciosamente, oculto pela vegetação, ou trepa a uma árvore, aguardando a melhor ocasião de saltar para a atacar.
O leopardo caça normalmente de noite. O seu habitat natural são as florestas tropicais da África e da Ásia.
Como a maior parte dos felinos, os leopardos vivem solitários, só se juntam às fêmeas para procriar.
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Leopardo das neves
É um felino das regiões altas e montanhosas da Ásia central. Parece-se com o leopardo comum, mas tem um pelo mais comprido e geralmente cinzento.
O leopardo das neves é um solitário. Apesar da criação de zonas protegidas, é uma espécie altamente em vias de extinção devido à caça furtiva levada a cabo pelo homem, e também à falta das presas naturais de que se alimenta.
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Leopardo nebuloso
O leopardo nebuloso é um felino da região sudoeste da Ásia. À distância parece um leopardo comum, mas na realidade é mais pequeno e tem manchas maiores e irregulares, de bordas escuras, com um aspecto nebuloso; daí o seu nome.
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Chita
A chita é o mais especializado de todos os felinos e também o mais rápido, o que não é garantia de que não será caçada por outros carnívoros, pois a chita não pode manter a corrida por muito tempo.
Por isso, todos os esforços feitos pelos homens, desde a Antiguidade, no sentido de a treinar para a caça, têm falhado. O parente mais próximo das chitas são os felinos da América.
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Puma
Os pumas tanto vivem nas montanhas como nas planícies. Na zona temperada da América do Norte, o puma é o maior felino das pradarias, onde o seu número tem vindo a diminuir
devido à escassez cada vez maior de veados, a sua presa favorita. Os pumas das montanhas são mais corpulentos do que os das planícies e, devido à sua densa pelagem de cor castanho-acinzentada, resistem bem ao frio.
O puma das montanhas caça de dia, pois alimenta-se de muflões, cervídeos e roedores, que são animais diurnos. Quando apanha uma presa de grandes dimensões, esconde os restos que, devido às baixas temperaturas, não se estragarão. Assim, não lhe faltará alimento.
Normalmente, os machos e as fêmeas compartilham o mesmo território, pois o puma não tem propriamente um território habitual: vagueia livremente e,
quando um outro puma entra nessa mesma área, ambos preferem ignorar-se e assinalar a presença um do outro com odores e inofensivos arranhões.
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Caracal
O caracal ou lince-do-deserto é um felídeo de tamanho médio. O caracal distribui-se pela África e pelo Sudoeste Asiático.
O seu meio natural consiste normalmente de estepes e desertos, mas também aparece em florestas ou savanas.
Apesar de sua aparência lembrar a de um lince, este gato selvagem é parente próximo do serval.
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Ocelote
É um dos mais pequenos felinos e também um dos mais belos.
A sua pelagem – amarelada com rosetas e riscas castanhas ou pretas formando um desenho com áreas mais escuras e outras mais claras – é muito apreciada.
É por essa razão que o ocelote esteve quase em vias de extinção, tendo sido salvo devido ao êxito das reproduções em jardins zoológicos.
Alimenta-se de mamíferos, especialmente roedores, de pássaros, e até de répteis e insectos. Tal como os outros carnívoros do Novo Mundo, o ocelote inclui vegetais na sua alimentação.
O meio natural do ocelote são as florestas tropicais dos países ao sul dos Estados Unidos, com excepção do Chile, dormindo empoleirado num ramo de árvore.
A fêmea tem normalmente duas a três crias, que permanecem junto dela até cerca dos dois anos, tornando-se depois um animal territorial e solitário, como a maior parte dos outros felinos.
E como eles, o ocelote é um animal nocturno, embora também cace durante o dia.
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Serval
O serval é um felino pequeno, mas com pernas muito compridas e orelhas enormes e de forma oval, que o auxiliam a ouvir qualquer barulho de eventual presa, sobre a qual cai com um grande salto.
O serval tem uma pelagem amarelada com manchas escuras, infelizmente muito apreciada pelos traficantes do comércio de peles, o que tem posto em perigo a sua sobreviência.
O serval vive em praticamente toda a África, excepto nas regiões áridas, e alimenta-se de mamíferos, sobretudo roedores, de pássaros, de peixes e, até, de répteis e insectos.
É um animal solitário e territorial, que caça sobretudo ao entardecer, mas que também pode caçar à noite ou de dia, conforme o período de actividade das presas que procura na região.
As crias nascem numa espécie de ninho no meio da erva alta da savana e são cegas à nascença. A duração de vida do serval são cerca de 13 anos.
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Lince ibérico
O lince habita as florestas de árvores caducas da Europa, Ásia e América do Norte, mas com a destruição destas florestas os linces existem quase exclusivamente nas florestas nórdicas.
É um animal que caça principalmente ao crepúsculo, e graças aos seus movimentos silenciosos, grande agilidade e visão penetrante pode aproximar-se da presa sem ser notado.
Os linces alimentam-se de quaisquer mamíferos ou aves, mas os que habitam a América do Norte comem sobretudo uma espécie americana de lebre;
quando estas escasseiam, afastam-se um pouco do seu território habitual à procura de ratos, esquilos e outras presas.
As fêmeas têm as crias no Verão. Durante o primeiro ano de vida, os filhotes dependem quase totalmente das mães para se alimentarem, morrendo de fome sem a sua ajuda.
O corpo curto, a ponta da cauda preta e os pêlos nas orelhas são características inconfundíveis do lince.
O lince desta fotografia é um lince ibérico, animal mais pequeno do que os seus congéneres do Norte da Europa.
Em Portugal estão a fazer-se esforços para recuperar este felino, do qual ainda existem alguns exemplares na Serra da Malcata.
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Dulce Rodrigues |